Archive for the ‘Qualidade de vida’ Tag

Growing Resilience: 7 Strategies to Become Mentally Stronger

Publicado em Forbes.com

By Alice G. Walton

If you’re among the crowd who’s feeling less-than-resilient right now, knowing that you can “grow” your resilience may be the first step in doing so:

1) Stretch your mental muscle

2) Train your mind to see positive AND negative

3) Focus on learning

4) Become physically tougher

5) Keep some fuel in the tank

6) Stay social, always

7) Write about yourself

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Veja as dicas para evitar que sua viagem de negócios vire um pesadelo

Publicado em Folha de S. Paulo

De EMILY BRENNAN – DO "NEW YORK TIMES" (tradução de Paulo Migliacci)

Jantares pesados. Reuniões intermináveis. Atrasos em voos. Camas desconfortáveis em hotéis. Os viajantes de negócios precisam enfrentar tudo isso, e o custo pessoal é pesado.

De acordo com um estudo conduzido pela Universidade Colúmbia dois anos atrás, envolvendo 13 mil trabalhadores norte-americanos, as pessoas que dormem fora de casa 20 noites por mês têm indicadores de saúde inferiores em diversas categorias, entre as quais maior incidência de obesidade, comparadas às pessoas que dormem fora de casa entre um e seis dias por mês.

Dianne Sykes Scope, uma fisiologista do exercício que trabalha em Rockville Centre, Nova York, e como muitos de seus clientes viaja regularmente pela país a negócios, desenvolveu algumas técnicas para combater esses riscos de saúde. Veja abaixo excertos editados de minha conversa com ela sobre como os viajantes de negócios podem manter a forma ainda que estejam longe de casa.

Qual é o seu primeiro conselho para os viajantes de negócios?

Aproveite o tempo que passar em casa para se exercitar. Digamos que você planeje viajar duas vezes durante o mês, e que passará 18 dos 30 dias longe de casa. Nos dias em que estiver em casa, realize o máximo número possível de suas sessões rotineiras de exercício. O que importa na realidade é o número de calorias queimadas durante o mês. Por isso se você atingir seu objetivo mensal se exercitando em casa não precisará se preocupar quando estiver em viagem. Mas, se a sua viagem tiver duração superior a três ou quatro dias, o ideal é que você se exercite um pouco no período de ausência.

Alguma recomendação quanto a bons lugares para exercícios?

Em quase qualquer sala de exercícios de hotel você encontrará pelo menos uma esteira rolante ou StairMaster para seus exercícios cárdio. Para os exercícios de força, tente flexões, agachamentos e mergulhos, usando como apoio uma cadeira, em seu quarto de hotel.

Você recomenda alguma estratégia para aguentar bem os longos jantares com clientes, regados as álcool?

Tipicamente, você pode exagerar em quatro ou cinco refeições semanais – não passe muito da conta, mas você pode pedir uma pizza, comer um bolo. Assim, nos meses em que tiver viagens a fazer, modere as refeições pesadas no período em que estiver em casa. Mas ainda assim é preciso atenção ao controle de porções. A mão serve de ferramenta para medir porções. Uma porção de carne vermelha não deve ser maior que seu punho fechado, uma de carne de frango não pode ser maior que a palma da mão. Para os carboidratos, a porção ideal é a que caberia na sua mão em concha, e três dedos em torno de um copo mostram a dose ideal de vinho. Caso beba muito, abra mão da sobremesa.

O que levar na bagagem?

Um tênis bem pequeno e fácil de colocar na mala. Use uma mala vertical com quatro rodinhas, para não forçar o ombro.

E quanto a alimentos saudáveis para levar em viagem?

Eu compro nozes, frutas e barra de proteína orgânica.

E se o voo atrasar ou você tiver de esperar longamente por uma conexão?

Alguns aeroportos têm salas de exercício – o de San Francisco tem uma sala de ioga, por exemplo -, mas se tenho de esperar uma conexão, ligo o iPod e caminho 60 minutos pelo terminal empurrando minha mala.

Alguma dica quanto a um bom sono?

Reserve seus voos para horários que permitam que você obtenha um bom ritmo de sono. Se você estiver viajando da costa leste para a costa oeste dos Estados Unidos, voe de manhã cedo. Voltando para o leste, pegue o último voo possível. Você talvez não durma bem em voo, mas será mais fácil se readaptar à sua rotina. Nutrição e exercício nada significam se você não dormir direito.

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Ritmo de marcha revela saúde do idoso

Publicado em O Estado de S. Paulo

Especialistas defendem que análise da caminhada passe a ser um dos sinais vitais verificados em consultas, como pressão e respiração.

De Fabiane Leite

Cérebro, coluna, nervos, músculos, articulações. Coração e pulmões. Juntos, e funcionando bem, são eles que permitem o caminhar ereto, ritmado de tantos idosos. Mas se o complexo sistema não vai bem, os pés arrastam-se, a coluna dobra, o movimento é cada vez mais lento.

Médicos defendem que a velocidade de marcha também seja considerada um medidor de saúde durante o envelhecimento, tão relevante quanto outros quatro sinais vitais já avaliados nas consultas: pressão, frequência respiratória, temperatura e massa corporal. Perder a velocidade dos movimentos é um sinal natural de diminuição da vitalidade, de saúde deficiente em diferentes espécies, mas muitos especialistas não levam isso em conta.

Em trabalho publicado no fim de 2009 na revista científica Journal of Nutrition, Health and Aging, membros de uma força-tarefa da Academia Internacional de Nutrição e Envelhecimento apontaram, após revisão da literatura, que a velocidade de marcha é um instrumento eficiente para prever expectativa de vida, surgimento de incapacidade física, necessidade de hospitalização, quedas e demências. Justamente por ser a expressão da interação de diferentes órgãos e estruturas do corpo. Segundo o estudo, uma velocidade de marcha menor do que 0,6 m/s deve ser considerada extremamente preocupante. Entre 0,6 a 1 m/s, a situação é regular. E acima de 1 m/s, normal. (ler Comentário meu, abaixo)

"O andar é fundamental para o bem-estar. Todo mundo que já quebrou a perna sabe o quanto é ruim. As pessoas se preocupam com o idoso, mas não com sua mobilidade", afirmou ao Estado Stephanie Studenski, professora da divisão de Medicina Geriátrica da Universidade de Pittsburgh (EUA) e uma das maiores autoridades mundiais em mobilidade de idosos. Ela esteve no 17º Congresso Brasileiro de Geriatria, no mês passado, em Belo Horizonte.

Anormalidades na marcha podem indicar, por exemplo, o avanço de uma doença que já acomete o idoso, como uma cardiopatia, ou então um ou vários problemas de saúde desconhecidos que demandam investigação, como artrite, doenças pulmonares, distúrbios da visão ou causados pela diabete. Mesmo a depressão pode levar um idoso a arrastar-se. Além disso, a velocidade da marcha revela o consumo de energia dos velhos, o que ajuda predizer sua capacidade de cumprir tarefas cotidianas.

Sobrevida – Um grupo chefiado por Stephanie e que trabalha para o Serviço Nacional de Envelhecimento do governo americano aprofunda a pesquisa sobre a relação entre a velocidade de marcha e a expectativa de vida. As análises apontam que uma velocidade de 0,6 metros/s estaria relacionada, por exemplo, a uma sobrevida de não mais do que cinco anos. Por outro lado, aqueles que, por meio de intervenções, aumentam a velocidade, vivem mais. "Os médicos não dão atenção à marcha porque ainda aprendemos tudo separadamente", diz a médica. O próximo passo é chegar a um teste universal para medir a velocidade no consultório (ao lado, um dos testes possíveis).

"A marcha é fundamental, mas os médicos estão mais preparados para avaliar a de uma criança", afirma Alexandre Kalache, que dirigiu por 13 anos o Programa Global de Envelhecimento da OMS. Segundo o geriatra Emílio Moriguchi, ex-diretor do centro colaborador da OMS para prevenção de doenças associadas ao envelhecimento, uma série de pesquisas no Japão relaciona a marcha à idade biológica desde os anos 70.

"A velocidade de marcha é um indicador sentinela de que algo não vai bem e deve ser investigado", diz a fisioterapeuta Mônica Perracini, diretora científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. "Mas a sociedade ainda acha que é aceitável o idoso andar devagar. Um idoso curvado foi por muito tempo usado até na sinalização do metrô."

 Leia mais em O Estado de S. Paulo.

Comentário meu: na versão impressa da matéria (ver O Estado de S. Paulo, edição de 15 de agosto de 2010, página A29) existe uma fórmula para cálculo: dividi-se o tempo cronometrado de caminhada nos 5 primeiros metros e nos últimos 5 metros, num total 20 metros. Desse modo tem-se a velocidade em metros por segundo. Após os primeiros 5 metros, e por 10 metros, o idoso é estimulado a caminhar mais rápido, numa velocidade que se sinta seguro. O trajeto é plano e sem inclinação.

Montar um negócio no doce lar é o sonho de muita gente

Publicado em Época Negócios

De Katia Simões com colaboração de Bia Costa

Empresárias contam como montaram a empresa dentro de casa

O relógio marca 10 horas de uma manhã chuvosa em São Paulo. No noticiário, mais um recorde na capital paulista: 150 quilômetros de congestionamento. Apesar do caos, a designer Vivian Suppa, 52 anos, não mudou sua rotina. Acordou, caprichou no visual, tomou um bom café e está mais disposta do que nunca para mais um dia de trabalho. Bem-humorada, responde a dezenas de e-mails e negocia o prazo de uma ilustração. Tudo sem sair de casa. Seu birô de projetos gráficos funciona no espaço de uma suíte que ela transformou em escritório. São 18 metros quadrados preparados para atender as necessidades de uma empresa moderna, conectada com o mundo, que tem clientes no Brasil e na França.

FABIANO ACCORSI

Vivian Suppa, SUPPA DESIGN

ATUALIZAÇÃO > Livros, catálogos e revistas estrangeiras, além de pelo menos duas viagens por ano ao exterior, ajudam a designer a se atualizar com as últimas tendências na área de ilustração no mundo

APARÊNCIA IMPECÁVEL > Cumprir rotinas diárias é um dos principais segredos para se adquirir disciplina no trabalho e não ter a sensação de que todo dia é feriado. A empresária sempre escolhe com cuidado sua roupa e capricha na maquiagem, como se fosse para o escritório. Há muito tempo deixou de lado o hábito de tomar o café da manhã de pijama

CONTABILIDADE > Apesar de as contas de água, luz e telefone serem comuns para a casa e o ateliê, as entradas e saídas de capital são controladas, para que parte do faturamento da empresa seja reinvestido no negócio

 

Da bancada com dezenas de lápis coloridos e muito papel saíram projetos premiados, como o livro Contos de Grimm, de Walcyr Carrasco, vencedor do Prêmio Jabuti 2007. É ali, em meio a quadros e bonecos assinados por ela, que Vivian dá expediente. “Comecei a trabalhar em casa quando era membro da Maison des Artistes, em Paris. Não me vejo presa no trânsito e escrava de horários”, diz. O modelo de negócio já tem mais de dez anos e não incomoda a clientela. A ilustradora faz trabalhos para boa parte das editoras brasileiras, além de agências de publicidade como DM9, África e WBrasil, que lhe garantem um faturamento mensal de R$ 22 mil. Sem funcionários, é a própria Vivian quem marca as reuniões e atende o telefone. Na falta dela, uma secretária eletrônica se encarrega dos recados. A empreendedora revela que o mais difícil foi convencer os filhos e a diarista de que existia uma “porta imaginária” entre a sala de jantar e o escritório. “Vez ou outra, eles ainda dão uma escorregada, mas de um modo geral tudo funciona bem”, afirma. “Só vejo vantagens em trabalhar em casa.”

MUITA DISCIPLINA

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (a última foi realizada em 2007) revelam que, dos 19,2 milhões de brasileiros que trabalham por conta própria, 46% mantêm o negócio no próprio domicílio, onde moravam anteriormente ou no sítio. Nos Estados Unidos, 4,2 milhões de pessoas trabalham em casa, um aumento de 23% em relação a 1990 e de quase 100% em relação a 1980, conforme levantamento feito pela agência de relações públicas Burson-Marsteller. “Essa é uma tendência que se solidifica a cada dia”, afirma Francisco Barone, coordenador do Programa de Empreendedorismo da Ebape/FGV-RJ. “Nos anos 1990, consultores chegaram a prever que a maioria das pessoas já estaria hoje fora dos escritórios. Isso ainda não aconteceu, mas os avanços tecnológicos facilitam cada vez mais a tomada de decisão de transformar a casa em local de trabalho.”

Foi graças à tecnologia que a bióloga Sandra Figueira, 53 anos, conseguiu estruturar uma empresa de paisagismo em seu apartamento. “O negócio se resume a um computador com internet banda larga, um telefone fixo e um celular, e minhas ideias”, diz. A Ficus Paisagismo especializou-se na criação e manutenção de arranjos naturais, vasos e jardins em empresas. São 30 clientes, entre eles Intel, Cisco e Royaltier, além de grandes escritórios de arquitetura. Seu faturamento anual é de R$ 150 mil. “Em 16 anos de atividade, nunca fechei um contrato em casa. Vou sempre ao encontro do cliente. Preciso conhecer o local onde irei trabalhar”, afirma Sandra. O único funcionário é o jardineiro, que a acompanha desde o início. Com ele se reúne uma vez por semana para afinar as tarefas. Disposta a dar identidade à marca, ela alinhou a comunicação visual da empresa, do cartão de visita ao site. Outro cuidado foi jamais misturar os ganhos e as despesas da Ficus com as da casa. Até os carros são separados. O furgão com logotipo só sai às ruas a trabalho. “Sou muito disciplinada, tenho uma agenda bem distribuída entre visitas à clientela e prospecção de novos projetos. Trabalho de qualquer lugar, até mesmo quando viajo, porque tudo está no computador”, diz.

FABIANO ACCORSI

Sandra Figueira, FICUS PAISAGISMO

CONTATOS > Todos os projetos realizados foram por indicação. A única propaganda é o boca a boca. Os contatos são feitos por telefone ou e-mail e os contratos fechados no endereço do cliente

PORTFÓLIO DIGITAL > Todo o acervo do escritório é apresentado via internet. O site é de fácil navegação e revela fotos de jardins, arranjos e materiais dos mais variados portes

LOGÍSTICA > Ferramentas e materiais mais pesados, como vasos e terra, são guardados em um depósito externo. As plantas ganham espaço na sala de estar do apartamento ou permanecem na chácara, à espera de um novo destino

De acordo com Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo da Fundação Vanzolini, a chave do sucesso dos negócios em casa está na disciplina. “São poucos os que conseguem ter horário para começar a trabalhar e para encerrar o expediente, respeitar as retiradas do pró-labore, controlar a contabilidade e manter o foco”, diz Nakagawa. E não é só isso. Não basta ter habilidade ou afinidade com o segmento escolhido para tocar um negócio em casa. É essencial ter iniciativa, independência profissional, planejamento, persistência, profissionalismo, apoio familiar e disposição para enfrentar horas de solidão. “Quem tem necessidade de interagir com as pessoas o tempo todo dificilmente se adapta à realidade doméstica”, diz Ivair Rodrigues, diretor de pesquisa e tecnologia da ITData Consultoria. “Driblar esse isolamento também é essencial para o profissional se manter sempre atualizado e a empresa inteirada das novidades e das tendências do mercado.”

DE OLHO NA LEI

A receita para o sucesso passa, ainda, pelo respeito à legislação. Enfrentar a burocracia é o primeiro passo antes de aplicar as economias na nova atividade. “Não é porque a empresa funciona em casa que ela está livre de passivos trabalhistas e de pagar imposto”, diz o consultor André Spinolla, do Sebrae Nacional. “Atividades que provocam barulho excessivo, lidam com a área da saúde, provocam explosões ou são insalubres não podem funcionar em ambiente doméstico”, avisa o especialista. Têm boa aceitação, entretanto, consultorias, serviços ligados à tecnologia e tudo o que exige trabalho intelectual. Em qualquer ramo, porém, é preciso consultar a prefeitura para saber se o endereço encontra-se em uma zona comercial ou não, e conhecer em detalhes as exigências e as restrições apresentadas pela lei.

FABIANO ACCORSI

Silvana Boccolato, RESTAURANTE LA LYDIA

RESERVAS > O restaurante tem hora para abrir e para fechar, nada de altas madrugadas. Funciona de terça-feira a domingo e só aceita reservas pelo telefone. A maioria dos frequentadores vem por indicação. Foi o caminho escolhido para controlar o número de clientes e equilibrar o estoque, nem mais, nem menos

FEITO NA HORA > Os pratos são preparados na hora pela empresária, o que exige uma logística afinada. Os frutos do mar, principalmente as ostras, são pescados pela manhã e despachados no voo das 11h de Florianópolis para São Paulo. Chegam às 15h e à noite são servidos aos clientes

Foi o que fez a paulistana Silvana Boccalato, 50 anos, antes de instalar na sala do sobrado onde mora, no bairro de Perdizes, em São Paulo, um pequeno restaurante de culinária espanhola. Sinal verde, ela transformou a edícula em cozinha industrial, um dos quartos em depósito e cobriu o terraço com um toldo. Recebe até 20 pessoas sentadas. Todas com reservas. As paellas são preparadas na hora e atendem a paladares variados. “Entre os frequentadores do La Lydia estão ministros, artistas globais e estrangeiros”, diz Silvana com ar de satisfação. Segundo a empresária, o inconveniente de trabalhar em casa é receber telefonemas a qualquer hora e perder a sua privacidade para a empresa, que a cada dia se torna mais importante. Hoje, o negócio já ocupa 80% dos 110 metros quadrados de área do sobrado. “Mas vale a pena. Em que outro lugar eu iria faturar R$ 150 mil por ano sem enfrentar trânsito e sem estresse?”

FABIANO ACCORSI

Fabiana Pragier, CENTURY 21

MENOS DESPESAS > Ao instalar a franquia na própria casa, a empresária diminuiu seus custos fixos: passou a pagar apenas um condomínio e não tem despesa com transporte

FRANQUIA > A opção pela franquia home based permitiu à empresária ter um website integrado com todos os franqueados internacionais, compartilhar as campanhas publicitárias promovidas pela rede e trocar experiência com as 26 imobiliárias Century 21 distribuídas pelo Brasil

SOB MEDIDA > O prédio, construído sob medida para abrigar escritório e residência em um único espaço, é equipado com salas de reuniões, recepção corporativa e área de lazer. O espaço, totalmente integrado, permite que a empresária e o marido e sócio, Leonardus Vrinssen, estejam juntos todo o dia, sem comprometer a rotina de trabalho dos dois

O aumento do número de empresas que funcionam em casa nos últimos tempos aumentou tanto que algumas incorporadoras passaram a construir edifícios híbridos, que combinam residência e escritório. Há três meses, a administradora Fabiana Pragier, de 31 anos, trocou uma casa na Serra da Cantareira, em São Paulo, por um apartamento de 90 metros quadrados com esse perfil no bairro dos Jardins. Instalou sua franquia do ramo imobiliário, a Century 21, no escritório de decoração espartana. “Tenho dois funcionários, movimento negócios de até R$ 3 milhões por mês e ainda posso almoçar em casa com meu marido”, afirma Fabiana. “Não troco essa vida por nada.”

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Programas de qualidade de vida ainda são desafio para empresas

Publicado em Época Negócios

No Brasil, 44% das companhias implementaram programas de qualidade de vida apenas parcialmente, enquanto 38% não têm planos ou estratégias para colocar essas ideias em prática

De Elisa Campos

A expressão ‘qualidade de vida’ tem sido cada vez mais ouvida nos corredores das empresas, mas a maioria dos programas destinados a promovê-la são apenas parcialmente implementados. É o que mostra estudo da consultoria Buck Consultants. No Brasil, 44% das companhias admitem ter seus projetos operando apenas parcialmente. Outras 38% não têm ainda qualquer estratégia implementada.

A média global é ligeiramente melhor do que a brasileira: 37% das companhias implementam parcialmente programas de qualidade de vida. Ainda assim, apenas 21% conseguem colocar em prática 100% de sua estratégia. No Brasil, o número cai para 18%.

Apesar de reconhecer a importância de políticas de qualidade de vida, muitas companhias brasileiras ainda patinam nesse campo. “Há grande interesse, mas muita dificuldade ainda na gestão desses projetos, que não devem se resumir a palestras e panfletos, mas serem sim verdadeiros programas”, afirma Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV). O custos compensam, defende o presidente da associação. “Há redução das faltas dos funcionários e do custo de assistência médica. Para cada trabalho em cima de um fator de risco, a produtividade costuma aumentar 2%”.

Motivações

O principal motivo alegado para as empresas brasileiras investirem em programas de qualidade de vida é exatamente aumentar a produtividade da companhia. Na sequência, aparecem outras razões como manter a capacidade de trabalho e reduzir o número de faltas. Essas três são as mais citadas em todo mundo. “Os Estados Unidos, onde a preocupação número 1 é diminuir os custos com plano de saúde, é uma exceção”, diz Ogata.

No Brasil, os programas de qualidade de vida estão hoje concentrados prioritariamente no estímulo à atividade física, na boa alimentação, no controle do nível de estresse e no combate à hipertensão e ao alto colesterol.

Recompensas

São poucas as empresas brasileiras (16%) que oferecem recompensas financeiras para os funcionários que aderem a campanhas de qualidade de vida, com mimos como descontos no seguro saúde, prêmio de milhagens, brindes, etc. Das demais 84%, cerca de 40% dizem que pretendem introduzir recompensas, enquanto 44% não aprovam a ideia. “No Brasil, há resistência a dar benefícios aos participantes. A maioria das empresas costuma pensar que são os planos de saúde que deveriam pagar por isso. Já nos Estados Unidos, a prática é comum”, diz Alberto Ogata.

As companhias brasileiras não costumam medir empiricamente os impactos das políticas de qualidade de vida. Apenas 32% delas fazem isso. Ainda assim, a percepção que se tem no Brasil, assim como no resto do mundo, é de que os principais resultados são levantar o ânimo dos funcionários e melhorar a imagem da empresa e a saúde dos funcionários.

A pesquisa ouviu 10 milhões de funcionários em 45 países. No Brasil, foram 250 mil empregados em 153 empresas.

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Vancouver é a melhor cidade para viver

Publicado em Época Negócios Online

São Paulo e Rio de Janeiro aparecem empatadas na 92ª posição, atrás de Buenos Aires (61ª) e Santiago (64ª)

Pela segunda vez consecutiva, Vancouver foi eleita a melhor cidade do mundo para morar, de acordo com pesquisa do grupo Economist . Com boa infraestrutura e poucos problemas urbanos, a cidade canadense ficou à frente de outras 140, entre elas, Londres, Nova York e Roma. Na outra ponta, Harare, no Zimbábue, em meio a uma crise política, social e econômica, está classificada na última posição.  "Existe pouca diferença entre as cidades nas primeiras posições, mas a infraestrutura canadense e as baixas taxas de criminalidade, combinadas à vasta oferta de atividades, foram determinantes para Vancouver alcançar o primeiro lugar. Harare estar na última posição do ranking não é surpreendente, mas ilustra o fato de que instabilidades políticas e econômicas podem ter um impacto dramático na qualidade de vida", afirma Jon Copestake, editor responsável pelo levantamento.

No segundo lugar, está Viena (Áustria), seguida por Melbourne (Austrália) e Toronto (Canadá). Entre as dez primeiras colocações, seis são canadenses ou australianas. São Paulo e Rio de Janeiro aparecem empatadas na 92ª posição, atrás de Buenos Aires (61ª) e Santiago (64ª).

O ranking de Qualidade de Vida feito pela Economist leva em consideração 30 itens, tanto qualitativos quanto quantitativos, em cinco categorias: estabilidade, saúde, cultura e meio ambiente, educação e infraestrutura. Cada cidade recebe uma pontuação que varia de 0 a 100. Quanto mais perto de 100, melhor a qualidade de vida.

Ranking de qualidade de vida:

Posição

Cidade

Pontuação

1

Vancouver (Canadá)

98

2

Viena (Áustria)

97,9

3

Melbourne (Austrália)

97,5

4

Toronto (Canadá)

97,2

5

Perth (Austrália)

96,6

5

Calgary (Canadá)

96,6

7

Helsinki (Finlândia)

96,2

8

Genebra (Suíça)

96,1

9

Sydney (Austrália)

96,1

9

Zurique (Suíça)

96,1

61

Buenos Aires (Argentina)

83,6

64

Santiago (Chile)

80,7

92

Rio de Janeiro

69,1

92

São Paulo

69,1

*Fonte: Economist Intelligence Unit 

 

Qualquer cidade com 80 pontos ou mais têm pouco, ou nenhum, problema que prejudique seriamente a qualidade de vida. Nesta posição estão Helsinki (Finlândia), Sydney (Austrália), Tóquio (Japão) e Madri (Espanha). Já os municípios com pontuação de 50 ou menos apresentam sérias dificuldades para sua população. É o caso de Lagos (Nigéria), Dhaka (Bangladesh) e Dakar (Senegal).

No levantamento, 64 cidades atingiram mais de 80 pontos, enquanto outras 13 registraram menos de 50. As cidades com melhor pontuação costumam ser médias, estar em países desenvolvidos e ter baixa densidade populacional, além de oferecer atividades culturais. Por outro lado, os piores índices de qualidade de vida costumam ser registrados em regiões pobres da África ou Ásia.

Países desenvolvidos
Com a exceção de alguns países bem colocados na Ásia e na Austrália, as cidades com melhor pontuação estão em regiões desenvolvidas da Europa Ocidental e na América do Norte.  A pior cidade avaliada na Europa Ocidental é Atenas (63°), na Grécia, com 81,2 pontos, prejudicada por níveis de educação e infraestrutura parecidos com o de países subdesenvolvidos. Na América do Norte, o pior posto fica com Lexington (59°), com 85,8.

Na América Latina, Buenos Aires, com 83,6, e Santiago, com 80,7, são as cidades com melhor qualidade de vida. No entanto, a média da região é consideravelmente mais baixa, de 69,3. De acordo com o levantamento, a estabilidade é o maior desafio da área, devido à ameaça constante da violência. Isso é particularmente relevante no caso de Bogotá (Colômbia, 127°), que possui o pior índice de instabilidade de todas as cidades pesquisadas.

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Quer chegar aos 100 anos?

Publicado em Época Negócios

Esqueça a genética. Segundo os especialistas, viver muito depende principalmente de viver bem. A boa notícia: pode-se mudar hábitos e começar a se cuidar em qualquer idade

De Constança Tatsch

Aos 94 anos, José Mindlin não arrisca uma receita para como envelhecer bem. Mas diz que manter uma perspectiva positiva, no seu caso, foi essencial. “Eu não tomo conhecimento da idade e vou tocando as coisas.” É assim que José Mindlin leva a vida. Aos 94 anos, o ex-presidente da Metal Leve e mais famoso bibliófilo do país – dono de uma coleção com mais de 35 mil livros – é um homem ativo. Integra a Academia Brasileira de Letras, participa de conselhos na área empresarial e cultural, faz ginástica e fisioterapia. Encontrar espaço em sua agenda para uma entrevista não é fácil. Mindlin, além de ativo, é saudável – e fez por merecer a saúde que tem. Nunca fumou, sempre praticou atividades físicas e dorme oito horas por noite. Com o passar dos anos, passou a fazer refeições mais leves – especialmente à noite, o que faz com que evite jantar fora. “Não me sinto um ancião. Tenho muitas atividades, sou interessado pelas coisas”, disse a Época NEGÓCIOS. “Minha idade mental é de 70 anos.” O número de centenários no mundo deve saltar de 145 mil para 2,2 milhões em 50 anos.

Na última década, a expectativa de vida do brasileiro aumentou de 69,3 para 72,7 anos. E o número de pessoas que ultrapassa esse marco, como Mindlin, vem crescendo. “A população idosa hoje aumenta a taxas bem mais elevadas do que a população total”, afirma o demógrafo Carlos Eugenio Ferreira, pesquisador da Fundação Seade. “Há duas razões para isso. A primeira é demográfica: são pessoas que pertencem a uma época em que a fecundidade no país era alta. A outra é a evolução da medicina, que melhora a saúde das pessoas e influencia a longevidade.” Em 2000, havia 25.787 brasileiros com 100 anos ou mais. Quando um novo censo for realizado, em 2010, é provável que esse número aumente consideravelmente. No mundo todo, espera-se que o número de centenários salte de 145 mil pessoas em 1999 para 2,2 milhões em 2050, um aumento de quase 15 vezes.

Chegar aos 100 anos com saúde, dizem os especialistas, é um sonho possível. “Existe um consenso entre os cientistas de que o peso da genética na longevidade é de 25%”, afirma o geriatra Clineu de Mello Almada Filho, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Já os fatores ambientais e os hábitos respondem por 75% de suas chances de ter uma vida mais longa.” Entretanto, nas famílias de longevos, a genética parece ter papel mais determinante. Pessoas que vivem mais de 90 anos provavelmente têm parentes nesta geração ou nas anteriores que também chegaram lá.

A questão central, porém, é esta: viver muito depende principalmente de como você vive. Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Cambridge acompanhou, durante 11 anos, 20 mil pessoas com idades entre 45 e 79 anos, sem histórico de doenças. Cada participante recebeu uma pontuação de 0 a 4, na qual cada ponto correspondia a um dos seguintes comportamentos: não fumar, praticar atividades físicas regularmente, beber moderadamente e ter um bom nível de vitamina C no sangue (obtida de frutas e verduras). No final do levantamento, os pesquisadores concluíram que pessoas com zero ponto tiveram quatro vezes mais chances de morrer do que aquelas com 4 pontos. Outro estudo, realizado pelo Pacific Health Research Institute com 5.820 homens de meia-idade, identificou outra relação entre fatores de risco – como fumo, obesidade e ingestão de bebidas alcoólicas em excesso – e a longevidade. Segundo os pesquisadores, a chance de viver até os 85 anos era de 69% entre aqueles que não apresentavam nenhum fator de risco e de 22% para os que apresentavam seis fatores ou mais.

“O que você fizer errado hoje será debitado na sua conta amanhã”, afirma Wilson Jacob Filho, professor de geriatria da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Tabaco é um mau negócio, assim como bebidas, droga e sedentarismo. Se você carrega uma barriga há 30 anos, sua coluna vai cobrar. Se fuma, seu pulmão vai cobrar.” A boa notícia é que sempre é tempo de incorporar bons hábitos. “Já que não foi antes, que seja agora”, afirma Almada Filho. “Quem começar a praticar uma atividade física aos 80 anos chegará melhor aos 81. A mudança de hábitos é o melhor caminho para promover o envelhecimento saudável.”

O empresário Sergio Amoroso, presidente do Grupo Orsa, decidiu se cuidar desde cedo. Aos 54 anos, procura manter uma rotina saudável. Zela por suas noites de sono, não fuma, joga tênis três vezes por semana e futebol aos finais de semana. Recentemente incorporou novos hábitos: substituiu o uísque e a vodca pelo vinho e passou a comer menos. “Também eliminei sal, açúcar e farinhas”, afirma. Há sete anos Amoroso é monitorado por uma empresa especializada em longevidade. Os resultados, segundo ele, são visíveis. “Não percebi nos últimos anos mudanças drásticas no meu corpo. Continuo correndo uma hora e meia durante a partida de tênis e jogo os dois tempos no futebol. Percebo que a minha performance física é bem melhor do que a de outras pessoas da minha idade.”

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